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Após relatório da Frente Parlamentar da Saúde, sugestões são apresentadas para solucionar problemas no hospital

A reunião aconteceu na semana passada na Câmara Municipal de Salto (Foto: A.I. Câm.)

Em reunião pública na Câmara Municipal, na semana passada, a Frente Parlamentar da Saúde, composta por vereadores de Salto, apresentou o relatório dos primeiros quatro meses de trabalho, com foco no Hospital e Maternidade Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat e no Ambulatório de Especialidades (AME), que são administrados pelo Instituto de Gestão, Administração e Treinamento em Saúde (IGATS), apresentando problemas do serviço e possíveis soluções.

O relatório da frente parlamentar destaca que a questão orçamentária é um dos pontos recorrentes, com demandas de reforma eadequação do hospital municipal, em todo o sistema de instalações e namodernização dos espaços para garantir um melhor atendimento. Em várias reuniões com os vereadores, inclusive no encontro ocorrido na Prefeitura no último dia 25 de agosto, o prefeito Geraldo Garcia destacou o diálogo na busca de recursos junto aos governos estadual e federal.

Uma das sugestões presentes no relatório é da contratação de uma empresa para auditar as prestações de contas do IGATS, tendo em vista a dificuldade enfrentada pelos servidores da Secretaria de Saúde para verificar se os recursos estão sendo aplicados adequadamente.

Entre outras ideias estão o aumento da equipede manutenção de limpeza;desenvolvimento de um aplicativo digital para que o paciente tenhaacesse os diagnósticos, medicamentos receitados e resultados de exames; revisão eampliação da rede elétrica; elaboração de um plano de manutenção predial e deequipamentos, com ações de manutenção preventiva e corretiva;substituição dos leitos danificados e compra de mobiliário hospitalaradequado; instalação de equipamentos de climatização e ventilação adequada emtodas as salas de atendimento, enfermarias e setores de internação; compra e/ouatualização de equipamentos de imagem e diagnóstico, especialmente ultrassom; garantia de fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) e uniformesadequados; adequação da estrutura dos setores de obstetrícia e maternidade;instalação de brinquedoteca e espaços de acolhimento infantil; criação de salas deexames ginecológicos com estrutura adequada e privacidade; implantação de umcronograma de treinamentos periódicos para os profissionais da saúde e melhoria naorganização da escala de plantões e gestão da força de trabalho.

Dentre os vários problemas constatados pela frente parlamentar estão teto com infiltrações e mofo nas áreas de atendimento, consultórios com janelas quebradas, ferrugem e ausências de telas, parte elétrica comprometida, portas e azulejos danificados, salas sem climatização ou ventilação ideal e ausência de AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). Diversas outras reclamações foram constatadas.

No que se refere aos problemas administrativos, deficiência na equipe de enfermagem, enfermeiros sobrecarregados no pronto atendimento, situação crítica na escala de plantões, ausência de profissionais especializados em neurologia (AVC), cardiologia (infarto), neonatologia e pediatria de alta complexidade, relatos de profissionais sem treinamentos atualizados e falta de EPIs e uniformes adequados para profissionais da saúde.

Conforme o relatório do presidente da FrenteParlamentar da Saúde, o vereador Edemilson Pereira dos Santos, o IGATS tem mantido a contratação de médicos, mas tem dificuldades para contratação de auxiliares de enfermagem, cujo quadro deveria girarem torno de 80 profissionais e, atualmente, tem 65 profissionais, devido àdificuldade de contratações.